Mudando um pouco o foco, eu assisti há umas 3 semanas a peça Valsa de Vértebras, indicado por uma amiga. A peça foi dirigida por Desirèe Pessoa, parte do grupo Neelic.
Fui de curiosa... gosto de teatro, mas meu conhecimento é nulo e ainda por cima posso contar em uma mão quantas vezes fui ao teatro aqui em Porto Alegre. Veio o convite e resolvi conferir. A peça discursa sobre a loucura, começando com seus atores presos em pequenos espaços imaginários e tentando sair de seus limites. Quais limites? Cada um impõe um a sua vida, limites fisicos ou psicológicos, e pelo que vi, limites que nem sempre consegue se livrar.
Se o objetivo do enredo (tinha enredo?) era deixar o espectador atordoada, pela minha parte deu certo. A idéia de pessoas jogando na sua cara o quanto fazemos coisas automaticamente, sem a chance (ou sem dar a chance) de fugir da rotina me angustia muito. Ainda não sei até que ponto eu gostei dos atores e da peça em si, mas acredito que o fato de sair inquieta daquela sala é um ponto a favor. Na minha opnião é melhor algo que te atinge (despertando sensações ruins ou boas) do que algo esquecível.
segunda-feira, outubro 06, 2008
segunda-feira, setembro 29, 2008
Alessandro Barbucci
Quem conhece quadrinhos da Disney, em especial Witch, conhece o trabalho de Alessandro Barbucci. Aqui no Brasil, é conhecido pelas primeiras edições da Revista Witch. No exterior, pode-se conferir seu trabalho mais recente Sky Doll, publicado na França.
Seus desenhos mostram uma forte influência de traços da Disney, onde começou sua carreira, com muitos trabalhos coloridos por Barbara Canepa (colorista dos projetos Witch e Sky Doll).
Adoro ver o traço leve e fluído, além dos detalhes dos cenários, na maioria das vezes em apenas uma cor, deixando o personagem saltar da folha.
Infelizmente, não tem previsão de qualquer editora brasileira lançar algum trabalho dele, mas pelo menos Sky Doll foi lançada em inglês, para quem não tiver problemas ($$$$$) em comprar quadrinhos importados.
Blog pessoal: alessandrobarbucci.blogspot.com
sexta-feira, setembro 26, 2008
Mats Minnhagen
Descobri esse ilustrador com um amigo. Como já disse, não sou fã de desenhos com conteúdo realista, retratos de cotidiano. Prefiro traços livres e estilizados, mas se for buscar algo real, que seja em um mundo fantástico. Quando me apresentaram um site com os trabalhos de um artista digital sueco, vi desenhos de estudo de corpo humano e trabalhos digitais com tons de fantasia.
Me interessei mais pela fantasia, claro.
As cores digitais lembram aquarela e, apesar dos tons escuros e sombrios, são tons agradáveis de se ver. Não há exagero, há apenas um equilíbrio de luz e sombra. Apesar da riqueza de detalhes, as ilustrações são leves, até porque não há necessidade de dar destaque a todos os elementos. A luz exalta o que é relevante e se constrói um clima realista com elementos fantásticos. Exemplo: conseguir tornar a cena de um homem tocando ocarina em cima de um dragão em um clima de tranquilidade, como se fossem amigos (e ainda possível).
Quer conhecer: Minnhagen.com
quarta-feira, setembro 17, 2008
Verabee
Vera Brosgol é uma desenhista russa (Moscow, 1984) de storyboards na Laika Inc., Oregon. Sua formação é na Sheridan College, onde estudou animação clássica.
Talvez seja sua formação em desenho animado que a influencie em fazer um traço cartoon leve, que nos lembre aqueles desenhos antigos da Disney. É como ver rascunhos de Rhapsody in Blue e outras animações que nos lembrem Fantasia.
Pessoas com olhos simples, mas expressivos, pés pequenos e um traço que aparenta ser rápido e preciso. Ao mesmo tempo, somos apresentados a desenhos realistas, que apresentam a velha idéia "aprenda a desenhar o real para alterá-lo" (quer ver? visite o site!).
E mesmo assim, os cartoons ainda me chamam mais atenção do que os desenhos realistas. Menos sério, mais divertido e mais cativante. (E isso digo no geral!)
Site oficial: www.verabee.com
segunda-feira, setembro 15, 2008
domingo, setembro 07, 2008
Sobre Traços
Traço acadêmico e realista não é meu favorito. De realidade basta sair pela porta de casa.
Sempre preferi desenhos mais soltos, não necessariamente cartoon, mas algo que percebe-se que é desenho. Hiper-realismo é lindo, na minha opinião, mas prefiro ver uma pintura aquarelada ou mesmo um lápis de cor.
Gosto de pensar que o desenhista usa o lápis como um instrumento pra desenhar o mundo como bem entender, como ele enxerga na mente e não como um espelho. Me parece mais interessante ver como alguém pode representar um objeto com um olhar diferente do que ele é.
Não acredito que se deve buscar a perfeição. Acredito que é bom para quem gosta APRENDER um estilo mais acadêmico e depois brincar com esse conhecimento e torná-lo o que vier na mente, sem amarras.
A idéia deste blog é apresentar uma pequena prévia sobre trabalhos de ilustradores e coloristas, não apenas brasileiros. Os posts terão com certeza meu comentário pessoal, já que deixei bem claro o que me agrada mais. Mesmo assim espero poder ler comentários de leitores sobre os trabalhos também.
Aproveitem.
Sempre preferi desenhos mais soltos, não necessariamente cartoon, mas algo que percebe-se que é desenho. Hiper-realismo é lindo, na minha opinião, mas prefiro ver uma pintura aquarelada ou mesmo um lápis de cor.
Gosto de pensar que o desenhista usa o lápis como um instrumento pra desenhar o mundo como bem entender, como ele enxerga na mente e não como um espelho. Me parece mais interessante ver como alguém pode representar um objeto com um olhar diferente do que ele é.
Não acredito que se deve buscar a perfeição. Acredito que é bom para quem gosta APRENDER um estilo mais acadêmico e depois brincar com esse conhecimento e torná-lo o que vier na mente, sem amarras.
A idéia deste blog é apresentar uma pequena prévia sobre trabalhos de ilustradores e coloristas, não apenas brasileiros. Os posts terão com certeza meu comentário pessoal, já que deixei bem claro o que me agrada mais. Mesmo assim espero poder ler comentários de leitores sobre os trabalhos também.
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